Se você fica triste, fico triste. Se você fica alegre, fico alegre. Por favor, fique rico...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Nomes de rua

Podem me chamar de saudosista, mas que os nomes de rua de antigamente eram muito mais bonitos e até românticos que os de hoje, não há dúvida. Senão, vejamos os nomes de algumas das ruas que se usavam "antigamente" aqui na cidade que vivo: Campos, RJ:
Rua do Conselho
Rua do Rosário
Rua Formosa
Rua das Flores
Rua do Ouvidor
Rua do Frade
Rua da Imperatriz
Travessa do Carmo
Largo das verduras
Rua da Quitanda
Rua de Trás
Rua do Príncipe
Rua Direita
Rua do Sacramento
Rua da Jaca
Vamos e venhamos, não era muito melhor morar na Rua Formosa do que na atual Rua Tenente-Coronel Cardoso (que ninguém sabe quem foi e o que fez - a não ser que foi um militar)?
Então, saudosista eu sou!!!!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Emvelhecer II

Quando você era bem pequeno... eles gastavam horas lhe ensinando a usar talheres nas refeições, ensinando você a se vestir, amarrar os cadarços dos sapatos, fechar os botões da camisa. Limpando-o quando você sujava suas fraldas, lhe ensinando a lavar o rosto, a se banhar e a pentear seus cabelos, lhe ensinando valores humanos... 
Por isso...
  quando eles ficarem velhos um dia... quando eles começarem a ficar mais esquecidos e demorarem a responder. Não se chateie com eles... 
quando eles começarem a esquecer de fechar botões da camisa, de amarrar cadarços de sapato, quando eles começarem a se sujar nas refeições, quando as mãos deles começarem a tremer enquanto penteiam cabelo
Por favor, não os apresse... porque você está crescendo aos poucos, e eles envelhecendo. Basta sua presença, sua paciência, sua generosidade, sua retribuição para que os corações deles fiquem aquecidos...
Se um dia eles não conseguirem se equilibrar ou caminhar direito, segure firme as mãos deles e os acompanhe bem devagar respeitando o ritmo deles durante a caminhada, da mesma forma como eles respeitaram o seu ritmo quando lhe ensinaram a andar... 
Fique perto deles, assim como eles sempre estiveram presentes em sua vida, sofrendo por você, torcendo por você.  E vivendo “por você”

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz.
Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"
(Max Gehringer) 

Recebi este email de uma pessoa querida, e me emocionei bastante. Meu pai está assim: esquecido, trêmulo, inseguro. E quero estar ao seu lado, pois ele me ensinou valores que guardo com carinho.

sábado, 23 de julho de 2011

Envelhecer

Eu nunca trocaria meus amigos, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.  Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítica de mim mesmo.   Eu me tornei meu próprio amigo ..  Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio.  Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante. 
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.   
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia?  Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo,  desejo de chorar por um amor perdido ...  Eu vou. 
 Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser (apesar dos olhares penalizados dos outros).  Eles, também, vão envelhecer. 
Eu sei que eu sou às vezes esquecida.  Mas há mais, alguns coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes. 
 Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado.  Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro?  Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito. 
Eu sou tão abençoada por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude  gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata. 
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo.   Você se preocupa menos com o que os outros pensam.  Eu não me questiono mais. Eu ganhei o direito de estar errado.   
Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. 



E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer). 
  

Vou comprar...

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terça-feira, 19 de julho de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Por que o brasileiro não se indigna e não vai à praça protestar contra a corrupção?


"Juan Arias, correspondente do jornal espanhol El País no Brasil, escreveu no dia 7 um artigo indagando onde estão os indignados do Brasil. Por que não ocupam as praças para protestar contra a corrupção e os desmandos? Não saberiam os brasileiros reagir à hipocrisia e à falta de ética dos políticos? Será mesmo este um país cujo povo tem uma índole de tal sorte pacífica que se contentaria com tão pouco? Publiquei, posts abaixo, a íntegra de seu texto. Afirmei que ensaiaria uma resposta, até porque a indagação de Arias, um excelente jornalista, é procedente e toca, entendo, numa questão essencial dos dias que correm. A resposta não é simples nem linear. Há vários fatores distintos que se conjugam. Vamos lá.

Povo privatizado



O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan, porque foi privatizado pelo PT. Note que recorro àquele expediente detestável de pôr aspas na palavra “povo” para indicar que o sentido não é bem o usual, o corriqueiro, aquele de dicionário. Até porque este escriba não acredita no “povo” como ente de valor abstrato, que se materializa na massa na rua. Eu acredito em “povos” dentro de um povo, em correntes de opinião, em militância, em grupos organizados — e pouco importa se o que os mobiliza é o Facebook, o Twitter, o megafone ou o sino de uma igreja. Não existe movimento popular espontâneo. Essa é uma das tolices da esquerda de matriz anarquista, que o bolchevismo e o fascismo se encarregaram de desmoralizar a seu tempo. O “povo na rua” será sempre o “povo na rua mobilizado por alguém”. Numa anotação à margem: é isso o que me faz ver com reserva crítica — o que não quer dizer necessariamente “desagrado” — a dita “Primavera Árabe”. Alguém convoca os “povos”.

No Brasil, as esquerdas, os petistas em particular, desde a redemocratização, têm uma espécie de monopólio da praça. Disse Castro Alves: “A praça é do povo como o céu é do condor”. Disse Caetano Veloso: “A praça é do povo como o céu é do avião” (era um otimista; acreditava na modernização do Bananão). Disse Lula: “A praça é do povo como o povo é do PT”. Sim, responderei ao longo do texto por que os não-petistas não vão às ruas quase nunca. Um minutinho. Seguindo.

O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan Arias, porque o PT compra, por exemplo, o MST com o dinheiro que repassa a suas entidades não exatamente para fazer reforma agrária, mas para manter ativo o próprio aparelho político — às vezes crítico ao governo, mas sempre unido numa disputa eleitoral. Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, ministro da Educação e candidato in pectore do Apedeuta à Prefeitura de São Paulo, estarão neste 13 de julho no 52º Congresso da UNE. Os míticos estudantes não estão nas ruas porque empenhados em seus protestos a favor. Você tem ciência, meu caro Juan, de algum outro país do mundo em que se fazem protestos a favor do governo? Talvez na Espanha fascista que seus pais conheceram, felizmente vencida pela democracia. Certamente na Cuba comuno-fascistóide dos irmãos Castro e na tirania síria. E no Brasil. Por quê?

Porque a UNE é hoje uma repartição pública alimentada com milhões de reais pelo lulo-petismo. Foi comprada pelo governo por quase R$ 50 milhões. Nesse período, esses patriotas, meu caro Juan, se mobilizaram, por exemplo, contra o “Provão”, depois chamado de Enade, o exame que avalia a qualidade das universidades, mas não moveram um palha contra o esbulho que significa, NA FORMA COMO EXISTE, o ProUni, um programa que já transferiu bilhões às mantenedoras privadas de ensino, sem que exista a exigência da qualidade. Não se esqueça de que a UNE, durante o mensalão, foi uma das entidades que protestaram contra o que a canalha chamou “golpe da mídia”. Vale dizer: a entidade saiu em defesa de Delúbio Soares, de José Dirceu, de Marcos Valério e companhia. Um de seus ex-presidentes e então um dos líderes das manifestações que resultaram na queda de Fernando Collor é hoje senador pelo PT do Rio e defensor estridente dos malfeitos do PT. Apontá-los, segundo o agora conservador Lindbergh Farias, é coisa de conspiração da “elites”. Os antigos caras-pintadas têm hoje é a cara suja; os antigos caras-pintadas se converteram em verdadeiros caras-de-pau.

Centrais sindicais
O que alguns chamam “povo”, Juan, chegaram, sim, a protestar em passado nem tão distante, no governo FHC. Lá estava, por exemplo, a sempre vigilante CUT. Foi à rua contra o Plano Real. E o Plano Real era uma coisa boa. Foi à rua contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. E a Lei de Responsabilidade Fiscal era uma coisa boa. Foi à rua contra as privatizações. E as privatizações eram uma coisa boa. Saiba, Juan, que o PT votou contra até o Fundef, que era um fundo que destinava mais recursos ao ensino fundamental. E onde estão hoje a CUT e as demais centrais sindicais?

Penduradas no poder. Boa parte dos quadros dos governos Lula e Dilma vem do sindicalismo — inclusive o ministro que é âncora dupla da atual gestão: Paulo Bernardo (Comunicações), casado com Gleisi Hoffmann (Casa Civil). O indecoroso Imposto Sindical, cobrado compulsoriamente dos trabalhadores, sejam sindicalizados ou não, alimenta as entidades sindicais e as centrais, que não são obrigadas a prestar contas dos milhões que recebem por ano. Lula vetou o expediente legal que as obrigava a submeter esses gastos ao Tribunal de Contas da União. Os valentes afirmaram, e o Apedeuta concordou, que isso feria a autonomia das entidades, que não se lembraram, no entanto, de serem autônomas na hora de receber dinheiro de um imposto.

Há um pouco mais, Juan. Nas centrais, especialmente na CUT, os sindicatos dos empregados das estatais têm um peso fundamental, e eles são hoje os donos e gestores dos bilionários fundos de pensão manipulados pelo governo para encabrestar o capital privado ou se associar a ele — sempre depende do grau de rebeldia ou de “bonomia”do empresariado.

O MST, A UNE E OS SINDICATOS NÃO ESTÃO NAS RUAS CONTRA A CORRUPÇÃO, MEU CARO JUAN, PORQUE SÃO SÓCIOS MUITO BEM-REMUNERADOS DESSA CORRUPÇÃO. E fornecem, se necessário, a mão-de-obra para o serviço sujo em favor do governo e do PT. NÃO SE ESQUEÇA DE QUE A CÚPULA DOS ALOPRADOS PERTENCIA TODA ELA À CUT. Não se esqueça de que Delúbio Soares, o próprio, veio da… CUT!

Isso explica tudo? Ou: “Os Valores”
Ainda não!

Ao longo dos quase nove anos de poder petista, Juan, a sociedade brasileira ficou mais fraca, e o estado ficou mais forte; não foi ela que o tornou mais transparente; foi ele que a tornou mais opaca. Em vez de se aperfeiçoarem os mecanismos de controle desse estado, foi esse estado que encabrestou entidades da sociedade civil, engajando-as em sua pauta. Até a antes sempre vigilante Ordem dos Advogados do Brasil flerta freqüentemente com o mau direito — e o STF não menos — em nome do “progresso”. O petismo fez das agências reguladoras meras repartições partidárias, destruindo-lhes o caráter.

Enfraqueceram-se enormemente os fundamentos de uma sociedade aberta, democrática, plural. Em nome da diversidade, da igualdade e do pluralismo, busca-se liquidar o debate. A Marcha para Jesus, citada por você, à diferença do que querem muitos, é uma das poucas expressões do país plural que existe de fato, mas que parece não existir, por exemplo, na imprensa. À diferença do que pretendem muitos, os evangélicos são um fator de progresso do Brasil — se aceitarmos, então, que a diversidade é um valor a ser preservado.

Por que digo isso? Olhe para a sua Espanha, Juan, tão saudavelmente dividida, vá lá, entre “progressistas” e “conservadores” — para usar duas palavras bastante genéricas —, entre aqueles mais à esquerda e aqueles mais à direita, entre os que falam em nome de uma herança socialista e mais intervencionista, e os que se pronunciam em favor do liberalismo e do individualismo. Assim é, você há de convir, em todo o mundo democrático.

Veja que coisa, meu caro: você conhece alguma grande democracia do mundo que, à moda brasileira, só congregue partidos que falam uma linguagem de esquerda? Pouco importa, Juan, se sabem direito o que dizem e são ou não sinceros em sua convicção. O que é relevante é o fato de que, no fim das contas, todos convergem com uma mesma escolha: mais estado e menos indivíduo; mais controle e menos liberdade individual. Como pode, meu caro Juan, o principal partido de oposição no Brasil pensar, no fim das contas, que o problema do PT é de gestão, não de valores? Você consegue se lembrar, insisto, de alguma grande democracia do mundo em que a palavra “direita” virou sinônimo de palavrão? Nem na Espanha que superou décadas de franquismo.

Imprensa



Se você não conhece democracia como a nossa, Juan, sabe que, com as exceções que confirmam a regra, também não há imprensa como a nossa no mundo democrático no que concerne aos valores ideológicos. Vivemos sob uma quase ditadura de opinião. Não que ela deixe de noticiar os desmandos — dois ministros do governo Dilma caíram, é bom deixar claro, porque o jornalismo fez o seu trabalho. Mas lembre-se: nesta parte do texto, trato de valores.

Tome como exemplo o Código Florestal. Um dia você conte em seu jornal que o Brasil tem 851 milhões de hectares. Apenas 27% são ocupados pela agricultura e pela pecuária; 0,2% estão com as cidades e com as obras de infra-estrutura. A agricultura ocupa 59,8 milhões (7% do total); as terras indígenas, 107,6 milhões (12,6%). Que país construiu a agropecuária mais competitiva do mundo e abrigou 200 milhões de pessoas em apenas 27,2% de seu território, incluindo aí todas as obras de infra-estrutura? Tais números, no entanto — do IBGE, do Ibama, do Incra e da Funai — são omitidos dos leitores (e do mundo) em nome da causa!

A crítica na imprensa foi esmagada pelo engajamento; não se formam nem se alimentam valores de contestação ao statu quo — que hoje, ora veja!, é petista. Por quê? Porque a imprensa de viés realmente liberal é minoritária no Brasil. Dá-se enorme visibilidade aos movimentos de esquerdistas, mas se ignoram as manifestações em favor do estado de direito e da legalidade. Curiosamente, somos, sim, um dos países mais desiguais do mundo, que está se tornando especialista em formar líderes que lutam… contra a desigualdade. Entendeu a ironia?

Quem vai à rua?

Ora, Juan, quem vai, então, à rua? Os esquerdistas estão se fartando na lambança do governismo, e aqueles que não comungam de suas idéias e que lastimam a corrupção e os desmandos praticamente inexistem para a opinião pública. Quando se manifestam, são tratados como párias. Ou não é verdade que a imprensa trata com entusiasmo os milhões da parada gay, mas com evidente descaso a marcha dos evangélicos? A simples movimentação de algumas lideranças de um bairro de classe média para discutir a localização de uma estação de metro é tratada por boa parte da imprensa como um movimento contra o… “povo”.

As esquerdas dos chamados movimentos sociais estão, sim, engajadas, mas em defender o governo e seus malfeitos. Afirmam abertamente que tudo não passa de uma conspiração contra os movimentos populares. As esquerdas infiltradas na imprensa demonizam toda e qualquer reação de caráter legalista — ou que não comungue de seus valores ditos “progressistas” — como expressão não de um pensamento diferente, divergente, mas como manifestação de atraso.
Descrevi, meu caro Juan, o que vejo. Isso tem de ser necessariamente assim? Acho que não! A quem cabe, então, organizar a reação contra a passividade e a naturalização do escândalo, na qual se empenha hoje o PT? Essa indagação merecerá resposta num outro texto, que este já vai longe. Fica para depois do meu descanso."
Do seu colega brasileiro Reinaldo Azevedo.


O texto acima é cópia integral do blog do Mário Américo de Moura Filho, postado na rede social do Café História em 17/07/2011. Reflete exatamente o que penso e o que sinto do status quo do Brasil.
Assino embaixo. É preciso ter opinião. Indignar-se é preciso!

domingo, 17 de julho de 2011

Mais um cactus...

Adoro cactus e suculentas. Amo a singeleza de suas flores, a solidão espinhenta de seus caules e o fato de precisarem de tão pouca água para tanta beleza. Por isso, à minha coleção, acrescento:

Lindo o trabalho das crocheteiras Alícia Roselló e Núria Brunet.
Do blog Copy&Paste

Casa na Toscana

Em dúvida quanto ao próximo destino nas férias ? Depois de ver estas imagens, não tive dúvidas: a região da Toscana! O lugar abaixo, -"Podere Felceto" fica em Chianti, a meia hora de Florença e 40 min. de Siena.
Erguida no século 15, Podere Felceto é uma típica construção de fazenda. A casa de pedra ocupa uma área de 450 metros quadrados e é cercada por um grande olival, um vinhedo e um belíssimo bosque cortado por uma estrada de origem romana. Do alto da colina é possível avistar o Rio Pesa e a paisagem do Chianti.








É prá lá que quero ir...

Parece que foi ontem...


Tempo, tempo, tempo, tempo...
A gente olha para trás e vê nossa infância com os pais, irmãos, os primos. O colégio, os amigos, as brincadeiras, as brigas. As festinhas. Os aniversários tão ansiosamente esperados e tão ingenuamente comemorados. As férias na praia. O mar. O rio. A casa da praia. Os carnavais de rua e de clube.
A gente vê os avós chegando carregados de presentes. A véspera de Natal e a espera de Papai Noel que sempre chegaria tarde da noite.
A casa com jardim e quintal. As árvores: pés de romãs, mangueiras, pés de vampiro e mamoeiros, que com o talo fazíamos bolinhas de sabão. O co-co-ri-cós dos galos, o canto da cigarra anunciando mais calor.
Brincadeiras de pique-esconde, pique-bandeira, queimado, roda, passa-anel, bate-figurinha, bonecas, casinhas...
Depois chegam os hormônios: bailinhos, paqueras, um sem fim de ai, ai,ai, barzinhos, serenatas, o beijo roubado...
Aí vêm o namorado, o noivo, o  marido, os filhos, o primeiro emprego, mudança de casa e de cidade. Responsabilidades.
Começam as grandes viagens, a maturidade. Chegam as grandes perdas: primeiro os avós, um irmão, uma sobrinha, amigos...
Separação. Novo amor. Novo filho. Separação. Casa nova. Retorno ao lar antigo. Filhos que casam. E separam. Um neto. Emprego novo. Recomeços...
É a vida que passa. O tempo sem clemência - "todo dia ela faz tudo sempre igual" ...
A casa querida da infância foi vendida e foi ao chão. Hoje é um imenso edifício.
A casa da praia foi vendida: mamãe disse que era uma trabalheira infinda!
O que restou foram lembranças que hoje eu guardo com carinho imenso e uma saudade intensa!
Parece que foi ontem...

sábado, 9 de julho de 2011

O discurso do "Rei" ...

                                                                Não é esse o meu ofício. 


Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. 


Gostaria de ajudar - se possível -  judeus, o gentio ... negros ... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. 
Os seres humanos são assim. 



Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. 


Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros?  Neste mundo há espaço para todos. 


A terra, que é boa e rica,  pode prover todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. 



A cobiça envenenou a alma do homem ...   levantou no mundo as muralhas do ódio ... 


e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. 

             Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. 

A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis.  Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.  Mais do que máquinas, precisamos de humanidade.  Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.  Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.


A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. 
Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano.  Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. 



E assim, enquanto morrem os homens,  a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos.

Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! 

 


No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós! 


Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas.  O poder de criar felicidade! 


Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ...  de fazê-la uma aventura maravilhosa.  Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo ...  um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, 


que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. 
Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.




Discurso final do filme de Charles Chaplin - O grande Ditador. Filme de 1948 mas que se mantém mais atual que nunca!

Continuando o tour pela casita

Tem bastante tempo que postei fotos do ap. Postei os quartos, banheiros, sala e cozinha.

Aqui vai o que faltava: a dispensa / quarto de guardados. Na área externa do ap ( na verdade um "corredor" que deve ter uns 1,80m x 4m) mandei fazer um pequeno quartinho onde coloquei prateleiras de granito, assim serve tanto quanto dispensa quanto para guardar e esconder a tranqueira que todos temos.



E aqui a área de serviço, com tanque, máquina e a "tábua" de passar roupas que também mandei colocar quando da reforma do ap. Ainda tem um pequeno banheiro para empregadas e a área externa onde coloco as roupas para secar ao sol e tenho minha pequena horta em vasos e mais um tanque.




Meu ap é pequeno, mas compacto. Tem tudo o que preciso. Faltam ainda os armários dos quartos e mais umas coisitas (agora coloquei na cabeça que quero colocar laminado de madeira nos quartos e na sala...ai, ai). Mas tô feliz assim. É o que me basta.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Flores pra sua semana!

No comments!

Do álbum do Face da Adriana Bousquet

Para continuar lindamente a semana

Mais almofadas fofas...





É só usar linho rústico + barrados de crochês, passamanarias, alguns botões e uma pitada de imaginação...

Do blog Cpoy&Paste

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Para abrir lindamente a semana

Olha que coisa mais linda...



Do blog sorrisodemulher

domingo, 3 de julho de 2011

sábado, 2 de julho de 2011

Ruanda - uma lição para não ser esquecida

Dezesste anos depois de um dos maiores genocídios da história, Ruanda tenta refazer a sua imagem internacional através do futebol. Pela primeira na história, Ruanda se classificou para uma copa do mundo de futebol: o mundial masculino sub-17, que está sendo jogado no México.
Em 1994, mais de oitocentos mil africanos da etnia tutsi, além de hutus moderados, foram assassinados. O episódio marcou a forma como o mundo vê o país.
Os jogadores da seleção sub-17 nasceram nos meses do genocídio ou pouco depois. Agora eles são vistos como o símbolo da reconciliação e união do país.
O genocídio foi ignorado pela grande mídia internacional. Poucos são os veículos de comunicação que divulgam e acompanham esses eventos. Mas, por que a imprensa mundial ignora as guerras étnicas africanas?
"Para Franklin Trein, docente do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ), o abandono perpetrado pelos meios de comunicação à África reflete parte do interesse de países e empresas do Primeiro Mundo na região. Segundo o professor, quanto maior for o silêncio da mídia, menos a comunidade mundial saberá sobre genocídios que ocorrem em solo africano e, conseqüentemente, mais prodigiosa será a atuação dos capitais internacionais ali.
Mohamed Hajji, professor da Escola de Comunicação (ECO), acredita que a influência dos interesses internacionais na África é tão grande que os embates étnicos são hoje ”guerras de milícias, de mercenários, guerras privatizadas entre consórcios multinacionais, onde nem se sabe mais se o objetivo é o controle dos recursos naturais, a luta pelo mercado de armas ou a garantia do próprio mercado de guerras mercenárias”.
Para ele, os meios de comunicação, em especial a mídia televisiva, optam por naturalizar o continente, através da divulgação de imagens naturais, como florestas tropicais, desertos e animais selvagens, por exemplo. Com isso, a grande imprensa mundial trabalha no sentido de associar a imagem da África ao de mundo primitivo, dificultando ao cidadão africano obter voz própria junto à comunidade internacional."

Você pode assistir a filmes sobre o genocídio: Hotel Ruanda, Tiros em Ruanda, Atirando em cães, Shake hands with the Devil. São filmes eloquentes, que mostram o terror, a matança indiscriminada, a brutal tortura imposta a etnia tutsi e a inacreditável apatia das autoridades internacionais. É para não se esquecer que a história se repete de forma tristemente de tempos em tempos.

País civilizado, povo idem ou uma lição de civilidade!

A carta a seguir foi escrita por Ha Minh Thanh, um imigrante vietnamita que é policial em Fukushima no Japão. Era endereçada a seu irmão, mas acabou chegando a um jornal em Shangai que a traduziu e publicou.
"Querido irmão,

Como estão você e sua família? Estes últimos dias tem sido um verdadeiro caos. Quando fecho meus olhos, vejo cadáveres e quando os abro, também vejo cadáveres.
Cada um de nós está trabalhando umas 20 horas por dia e mesmo assim, gostaria que houvesse 48 horas no dia para poder continuar a ajudar e resgatar as pessoas.

Estamos sem água e eletricidade e as porções de comida estão quase a zero. Mal conseguimos mudar os refugiados e logo há ordens para mudá-los para outros lugares.
Atualmente estou em Fukushima – a uns 25 quilômetros da usina nuclear. Tenho tanto a contar que se fosse contar tudo, essa carta se tornaria um verdadeiro romance sobre relações humanas e comportamentos durante tempos de crise.
As pessoas aqui permanecem calmas – seu senso de dignidade e seu comportamento são muito bons – assim, as coisas não são tão ruins como poderiam. Entretanto, mais uma semana, não posso garantir que as coisas não cheguem a um ponto onde não poderemos dar proteção e manter a ordem de forma apropriada.
Afinal de contas, eles são humanos e quando a fome e a sede se sobrepõem à dignidade, eles farão o que tiver que ser feito para conseguir comida e água. O governo está tentando fornecer suprimentos pelo ar enviando comida e medicamentos, mas é como jogar um pouco de sal no oceano.
Irmão querido, houve um incidente realmente tocante que envolveu um garotinho japonês que ensinou a um adulto, como eu, uma lição de como se comportar como um verdadeiro ser humano.
Ontem à noite fui enviado para uma escola infantil para ajudar uma organização de caridade a distribuir comida aos refugiados. Era uma fila muito longa e notei, no final dela, um garotinho de uns 9 anos que usava uma camiseta e um short.
Estava ficando muito frio e fiquei preocupado se, ao chegar sua vez, poderia não haver mais comida. Fui falar com ele. Ele contou que estava na escola quando o terremoto ocorreu. Seu pai, que trabalhava perto, estava se dirigindo para a escola para apanhá-lo e ele, que estava no terraço do terceiro andar, viu quando a onda tsunami levou o carro com seu pai dentro.
Perguntei sobre sua mãe. Ele disse que sua casa era bem perto da praia e que sua mãe e sua irmãzinha provavelmente não sobreviveram. Notei que ele virou a cabeça para limpar uma lágrima quando perguntei sobre sua família.
O garoto estava tremendo. Tirei minha jaqueta de policial e coloquei sobre ele. Foi ai que a minha bolsa de bentô (comida) caiu. Peguei-a e dei-a para ele dizendo: “Quando chegar a sua vez a comida pode ter acabado. Assim, aqui está a minha porção. Eu já comi. Por que você não come”?
Ele pegou a minha comida e fez uma reverência. Pensei que ele iria comer imediatamente, mas ele não o fez. Pegou a comida, foi até o início da fila e colocou-a onde todas as outras comidas estavam esperando para serem distribuídas.
Fiquei chocado. Perguntei-lhe por que ele não havia comido ao invés de colocar a comida na pilha de comida para distribuição. Ele respondeu: “Porque vejo pessoas com mais fome que eu. Se eu colocar a comida lá, eles irão distribuí-la mais igualmente”.
Quando ouvi aquilo, me virei para que as pessoas não me vissem chorar.
Uma sociedade que pode produzir uma pessoa de 9 anos que compreende o conceito de sacrifício para o bem maior deve ser uma grande sociedade, um grande povo.

País sem memória!

Li no O Globo - Derrubanda a história
" A casa onde residiu o Marechal Floriano Peixoto, palco de encontros políticos que precederam a queda da Monarquia, na Rua Coronel Cabrita, 57, em São Cristóvão no Rio de Janeiro, está sendo demolida. No local, subirá um shopping. O terreno é tão grande que tinha estábulo nos fundos."

Só Deus sabe como precisamos de mais um shopping !!!!!!!
Fico muito triste quando constato casos como este, a cada dia mais comuns. É o total descaso por nossa história num país sem memória!
Enquanto isso, em palácios não muito distantes... grassa a corrupção, a mão-grande, o toma-la - dá cá, a cara de pau, a sordidez, etc, etc.
Valhei-nos, Deus!

Fico pensando se não podemos fazer alguma coisa. Qualquer coisa. Quem sabe nos unir nas cidade para protestar em ato público. Já vimos que quando as pessoas querem, conseguem modificar o status quo. Vimos isto com Collor, no Egito, na Síria, no Iraque e agora com os protestos na Grécia.
Vamos à luta!
Fica a dica.